Valdemar Costa Neto é preso pela PF por porte ilegal de arma

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Foto : Agência Brasil

 

Da Redação

 

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, foi preso em flagrante por agentes da Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira (8) por posse ilegal de arma. Ele é um dos alvos da operação desencadeada pela PF que apura “uma organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito” para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Palácio do Planalto.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que autorizou as ações da PF desta quinta-feira, havia permitido mandados de busca e apreensão na residência do político, na capital federal, e na sede do partido em Brasília. Contudo, durante as buscas, os agentes encontraram uma arma sem registro regular na casa dele. Em função desse motivo, Valdemar foi preso em flagrante.

Informações preliminares indicam que a arma não seria o presidente do PL. Mas ele já está na sede da PF, em Brasília, para dar explicações sobre o fato. Pepitas de ouro também teria sido encontradas na residência do dirigente partidário e foram apreendidas pelos agentes.

Em relação à operação “Tempus Veritatis”, Valdemar foi descrito pelo Polícia Federal como um dos responsáveis por usar a estrutura do PL, inclusive a parte financeira, para elaborar estudos que colocassem em descrédito o sistema eleitoral brasileiro, mais especificamente sobre as eleições presidenciais de 2022. 

O que a PF investiga

Segundo a PF, as apurações apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas eleições presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, para tentar viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital.

De acordo com a investigação, o primeiro eixo consistiu na construção e propagação da versão de fraude nas eleições de 2022. Isso ocorreu por meio da disseminação falsa de vulnerabilidades das urnas eletrônicas de votação, discurso reiterado pelos investigados desde 2019 e que persistiu mesmo após os resultados do segundo turno do pleito em 2022.

A PF também aponta que o segundo eixo de atuação consistiu na prática de atos para “subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito, por meio de um golpe de Estado, com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais no ambiente politicamente sensível”.

O ministro Alexandre de Moraes expediu 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, proibição de se ausentar do país, com entrega dos passaportes no prazo de 24 horas e suspensão do exercício de funções públicas.

Os mandados são cumpridos nos Estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal. O Exército Brasileiro acompanha o cumprimento de alguns mandados, em apoio à Polícia Federal. A operação foi chamada pela Polícia Federal de “Tempus Veritatis” – “hora da verdade”, em latim.

Filipe Martins e outros ex-assessores de Bolsonaro são presos pela PF

Quatro ex-assessores de Jair Bolsonaro são alvos de mandados de prisão na operação desencadeada pela PF. Até a mais recente atualização desta reportagem, agentes da PF haviam prendido Filipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, e o coronel Marcelo Câmara, que trabalhou no governo passado e foi ajudante de ordens de Bolsonaro, na cota prevista para ex-presidentes. Ele foi exonerado do cargo em outubro do ano passado, e foi contrado pelo PL para auxiliar o ex-presidente.

Bolsonaro tem 24 horas para entregar passaporte

 o ex-presidente tem 24 horas para entregar seu passaporte e não pode se ausentar do país, em uma ação determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O assessor e advogado do ex-presidente, Fabio Wajngarten, divulgou comunicado dizendo que em cumprimento às decisões desta quinta-feira, Bolsonaro entregará o passaporte às autoridades competentes.

Em atualização

Fonte : Por O TEMPO Brasília Publicado em 8 de fevereiro de 2024 | 11h15 – Atualizado em 8 de fevereiro de 2024 | 12h03

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