Da Redação
Foi realizada na manhã desta sexta-feira (19), uma coletiva de imprensa para mais informações da Operação Interface, realizada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em conjunto com a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e Polícia Civil de Minas Gerais.
Segundo a promotora de Justiça, Graziela Gonçalves Rodrigues, as investigações duraram 11 meses e na os próximos passos, é entender por meio dos materiais apreendidos, como funcionava o grupo que atuava nas regiões Centro-Oeste e Metropolitana de Belo Horizonte.
— Vamos analisar os objetos apreendidos, como os telefones, e quebrar os dados para ver o que pode desaguar ainda dessa operação — disse.
O Comandante da 7ª Região da Polícia Militar, Coronel Carlos Henrique Sousa da Silva, citou durante a coletiva como os criminosos utilizavam um dispositivo, semelhante a um controle de portão eletrônico, utilizado pelo grupo para impedir que os veículos fossem trancados pelos proprietários, facilitando assim os furtos. Diante da utilização desse dispositivo, o comandante orientou a população sobre alguns cuidados ao trancar o veículo nas ruas.
— A principal dica, considerando o modo operante desse pessoal, é certificar que o carro foi trancado, porque às vezes o proprietário aciona o botão de trancamento do veículo, a chave, e acredita (que trancou), não confere se o veículo realmente foi trancado, então apertar o botão e certificar que as portas do veículo realmente foram trancadas — pontuou.
A Operação Interface mobilizou um contingente de 121 policiais militares e 4 policiais civis, apoiados por 39 viaturas. Até o momento, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão e 11 mandados de prisão. Entre os itens apreendidos destacam-se uma pistola calibre 9mm, 119 munições do mesmo calibre, dispositivos bloqueadores de sinal de alarme e rastreador veicular, além de 7 tabletes de maconha, 2 balanças de precisão e materiais para embalagem de drogas.
Durante as fases anteriores da operação, oito veículos já haviam sido recuperados, sendo três clonados. Também foram apreendidas três armas de fogo, cerca de 20kg de maconha, 120 papelotes de cocaína e cinco foragidos da justiça foram presos. Também foi identificado um local que seria utilizado para o desmanche de veículos, além de diversas outras apreensões. Segundo o delegado Weslley Amaral de Castro, não está descartada a possibilidade de que mais pessoas façam parte do grupo criminoso.
— As investigações não cessam. Outras medidas serão tomadas para tentar estrangular esse braço do crime que tem atuado na região com furtos e roubos de veículos, mas que também atua no tráfico de drogas e atua conjuntamente com outras organizações criminosas que tem amplo aspecto não só no Brasil, mas em outros países — finalizou.