Da Redação
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu o inquérito que investigou as agressões cometidas contra uma criança de um ano e sete meses, em 14 de dezembro do ano passado, na cidade de Divinópolis, região Centro-Oeste do estado. Uma mulher, de 21 anos, madrastra do menino, foi indiciada pelos crimes de tortura e maus-tratos.
A mulher, que mantinha um relacionamento com o pai da criança, foi presa em flagrante pela Polícia Militar sob suspeita de inserir um objeto nas partes íntimas da vítima. Aos militares, a suspeita confessou os fatos e admitiu as agressões como forma de castigo ao enteado, justificando o ato pelo desconforto causado pelas necessidades fisiológicas da criança. A prisão foi ratificada pela PCMG e, após análise da Justiça da Comarca, convertida em preventiva.
Durante as investigações, diversos levantamentos foram realizados, incluindo oitivas de testemunhas e elaboração de perícias.
Segundo a delegada Francielly Sifuentes, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) em Divinópolis, as investigações apontaram que não houve intenção de cunho sexual por parte da investigada, mas sim motivação por raiva e ciúmes, caracterizando o crime de tortura. Portanto, a Polícia Civil excluiu a hipótese de crime sexual.
— Além disso, os exames periciais revelaram que a investigada provocou lesões graves na vítima, resultando em possíveis debilidades permanentes, ainda passíveis de exames complementares, que deverão ser realizados um ano após o evento traumático. Outros resultados indicaram lesões antigas, atribuídas à negligência nos cuidados com a criança, configurando o crime de maus-tratos — esclareceu a delegada.
O inquérito foi encaminhado à Justiça com o indiciamento da investigada pelos crimes de tortura e maus-tratos. A investigada permanece presa.