Menina de 12 anos deixada morta na rua em BH foi estuprada e morta por asfixia

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Foto : Reprodução de vídeo

 

Da Redação

 

menina de 12 anos que foi abandonada morta em uma calçada no bairro Bela Vitória, na região Nordeste de Belo Horizonte, em 16 de janeiro, foi estuprada e asfixiada até a morte pelo agressor, de 25 anos. Essa foi a conclusão do inquério da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), divulgada em coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (26 de janeiro). O agressor foi indiciado pelos crimes de estupro de vulnerável, homicídio, fraude processual e corrupção de menores. As penas, somadas, podem chegar a 53 anos de prisão.

A Polícia Civil afirmou que, de acordo com o apurado, o homem teria agido com a intenção de estuprar a menina desde o início, quando a convenceu a ir até sua casa. Os laudos periciais indicam que ele forçou o tórax da vítima, durante o estupro, até que a menina ficasse sem ar.

O delegado responsável pelas investigações, Leandro Alves, afirmou que o indiciado simulou ter prestado atendimento à vítima, para criar uma versão falsa do crime. “Ele permaneceu horas com ela dentro da casa onde o crime ocorreu e depois levou ela pra casa do vizinho, simulando ter prestado socorro e acionando o SAMU”, disse o delegado.

Os investigadores também descartaram a possibilidade de homicídio culposo, ou seja, quando não há intenção de matar. O agressor foi flagrado por uma câmera de segurança deixando a adolescente desacordada no local. Ele está preso desde o dia do crime, 16 de janeiro. A Justiça mineira decidiu por tornar a prisão em flagrante do homem em prisão preventiva.

A menina não havia feito uso da droga “loló”  

Os laudos periciais comprovaram que a menina não fazia uso de entorpecentes. “Foi importante para nós uma série de laudos periciais que constataram que não tinha nada no corpo da vítima. Ficou comprovado que ela foi para o local sem o uso de nenhuma substância. Não encontramos nem remédio”, afirmou o delegado Leandro Alves.

A vítima foi lembrada como “meiga, simpática e muito infantil”. De acordo com a PCMG, ela era virgem antes do abuso.

Agressor tem “preferência por meninas menores de idade”, diz Polícia Civil

A Polícia Civil concluiu que o homem de 25 anos tem atração sexual por meninas menores de idade, o que é crime. Segundo os policiais, o agressor se mostrou “frio e muito articulado”. “Ele tinha predileção sexual, por meninas mais jovens. Não com característica de pedófilo. O que a gente sabe é que ele gosta de meninas mais jovens, mas não tem como a gente falar que ele é um maníaco. Não surgiu nenhuma outra informação concreta”, afirma a delegada de Polícia Civil, Alessandra Wilke.

Essa não foi a primeira vez  

Os delegados da Polícia Civil também trouxeram a informação de que o homem que matou e estuprou a jovem de 12 anos é indiciado em outro processo, também por estupro de vulnerável, em 2021. Nessa ocasião, a vítima, que também é menor de 14 anos, afirmou ter tido uma relação sexual consensual com o autor, o que é considerado crime. Os investigadores não trouxeram outros detalhes deste caso.

Veja o que se sabe sobre o assunto:

O que aconteceu?

De acordo com a Polícia Militar (PMMG), imagens do circuito de monitoramento flagraram o momento em que a menina e o suspeito entram em uma casa por volta das 10h de terça. Às 13h30, o jovem aparece com a menina desacordada nos braços. Ele a coloca no chão, entra na residência e fecha a porta.

Populares encontraram a menina caída e acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que constatou o óbito da vítima.

O corpo dela foi enterrado nesta quarta-feira (17), no Cemitério da Saudade.

Prisão do suspeito do crime

O jovem de 25 anos, que aparece em câmeras de segurança, foi identificado e preso na terça-feira (16). Ele foi ouvido e autuado, a princípio, pelo crime de homicídio qualificado. Na manhã desta quinta-feira (18), o suspeito passou por audiência de custódia e teve a prisão em flagrante convertida para preventiva.

O que diz o suspeito?

Aos policiais, o homem disse que não conhecia a vítima. Ele afirmou que estava no campo de futebol do bairro Nazaré quando a menina apareceu e lhe pediu água. Segundo ele, a garota disse que estava passando mal, com falta de ar. O rapaz culpou a vítima de fazer uso da droga chamada ‘loló’, o que foi descartado pelos exames feitos pela Polícia Civil.

Conforme o boletim de ocorrência, o suspeito contou ainda que levou a garota para fora da casa, colocando ela na calçada até a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

No registro feito pela polícia, os militares apontaram que o relato do jovem “não foi condizente com as imagens”. Isso porque no vídeo é possível ver o suspeito colocando a vítima na rua, “sem prestar socorro”.  A vítima foi reconhecida pelo pai.

 

Fonte : Jornal O Tempo/Por Flávio Santos 

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