Da Redação

O presidente do Instituto Helena Antipoff (IHA) em Divinópolis, CL Juliano Vilela, esteve nesta quarta-feira, em Belo Horizonte, no Lions Distrito LC4, onde se reuniu com o governador DG Clebert José Vieira para apresentar a proposta de tratamento de pacientes com pé diabético. O encontro discutiu a garantia de auxílio emergencial para a viabilização do inédito projeto na cidade.

Juliano esteve acompanhado da presidente do Lions Clube Divinópolis Pioneiro – fundador e gestor do Instituto Helena Antipoff, CLa Carla Marques, do conselheiro CL Anderson Saleme, da presidente do Lions Clube Divinópolis Candidés, CLa Sibelle Dias, e seus membros, CL Ildelfonso José Tavares, CLa Ailam Tavares e CL Antônio Dias, e do médico idealizador do projeto, Anderson Gariglio Rocha.

— É um projeto que está em discussão no instituto desde o ano passado. Nosso objetivo sempre foi desenvolver uma proposta viável e com impacto positivo à comunidade, inclusive para desafogar a rede de saúde. É um assunto sério, grave e que o Instituto Helena Antipoff pode contribuir positivamente para reduzir os graves indicadores — afirmou o presidente.

Com investimento previsto de R$ 57 mil, a expectativa é que o serviço seja inaugurado já na primeira quinzena de abril.

Iniciativa

Diante da enfermidade e buscando uma solução definitiva para os pacientes com pé diabético, o Lions Clube Pioneiro e Candidés, duas entidades independentes, se uniram ao Instituto Helena Antipoff para buscar recursos e ofertar o serviço para a Macrorregião de Divinópolis, através do ambulatório de feridas em convênio com o Sistema Único de Saúde.

— A intervenção com pacientes diabéticos surgiu dos membros do Lions Clube Pioneiro e Candidés para atender às iniciativas e programas desenvolvidos pelo Lions Internacional, cujo objetivo é reduzir as estatísticas alarmantes desta doença através de serviços, investimentos e ações de bondade — explica.

Assim, a proposta visa contribuir na diminuição das incidências deste grave quadro de doença que pode causar amputações e deficiências. Os objetivos são: promover o atendimento integral e integrado ao portador do pé diabético, detecção precoce, evitar complicações, promover ações educativas com foco na prevenção e tratar feridas, impedindo o agravamento e buscando a cicatrização.

Processo

Para a implantação do serviço, em sua primeira etapa, estão previstos a contratação de um cirurgião vascular, um enfermeiro e um técnico em enfermagem. Na segunda etapa, seria necessário ampliar a equipe com dermatologista, cirurgião plástico, ortopedista, assistente social, psicólogo, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, nutricionista e podólogo.

Como prevê o projeto, o Instituto Helena Antipoff está empenhado em concluir o diálogo com os profissionais do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Itapecerica (Cisvi) e da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ). A instituição também está empenhada na formação de equipes, reformas necessárias, aquisição de insumos, mobiliário e equipamento e na capacitação dos colaboradores.

A expectativa é que, quando implantado, possam ser realizados até dez procedimentos (consultas/curativos), uma vez por semana, com quatro horas de disponibilidade, podendo ser ampliado conforme a demanda.

— O serviço ofertado nas dependências do IHA será de baixa complexidade, contemplando consultas médicas e procedimentos ambulatoriais, em especial, tratamento de feridas. O Cisvi cederá, via parceria, mão de obra especializada para iniciar as atividades, consistindo na cessão de médico cirurgião vascular, enfermeiro e auxiliar de enfermagem. A UFSJ cederá, via parceria, estagiários de enfermagem e medicina para auxiliarem nos procedimentos realizados — prevê a proposta.

Inicialmente, por meio de recursos captados com os Lions Clubes e demais parceiros, será feita a instalação e compra de equipamentos necessários para o começo dos trabalhos. Posteriormente, o serviço deverá, entre 6 a 12 meses, ser absorvido e financiado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O período serve para a obtenção da média histórica suficiente para análise do volume de atendimentos e resultados obtidos, garantindo a eficiência do projeto e justificando o investimento do governo federal.

A revitalização completa do instituto e as conquistas de certificados junto ao Ministério da Saúde e à Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), no último ano, qualificam a instituição para conduzir o tratamento dos pacientes.

— O IHA já possui a estrutura física disponível e suficiente para iniciar o serviço ora proposto que será a contrapartida da entidade, incluindo a certificação do Ministério da Saúde enquanto clínica médica para executar o serviço (CNES nº 0414476 aprovado em 28/10/2020) e alvará sanitário municipal nº 390 emitido 30/10/2020 — destaca a entidade.

A meta é atender todos os pacientes com pé diabético do SUS em Divinópolis e atuar na prevenção adequada das complicações da doença, com diagnóstico precoce. Com resultados, são esperados melhorias na qualidade de vida dos pacientes e seus familiares, através da redução das internações, faltas ao trabalho e redução de lesões e deficiência física (amputações).

 

Foto: Divulgação/IHA

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