Escola de Ensino Fundamental e Médio começa a funcionar na APAC de Divinópolis

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Recuperandos ainda contam com oficina de arremate; curso de panificação vai começar em setembro

 

Da Redação

 

Com três meses de atuação efetiva em Divinópolis, a Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (APAC ) conta hoje com 63 recuperandos. Desde a inauguração, em fevereiro, a direção une esforços para que a unidade conquiste cada vez mais benefícios para garantir a recuperação e a reintegração social dos condenados às penas privativas de liberdade. A Escola de Ensino Fundamental e Médio entrou em funcionamento e muitos internos estão tendo a oportunidade de estudar e garantir o tão desejado diploma. A APAC também iniciou a oficina de arremate e, em setembro, os recuperandos terão mais uma atividade: a panificação. Boa parte dos equipamentos para a padaria já foi adquirida para a produção dos pães e venda para o Centro Industrial.

Com 51 anos de atuação no Brasil, a APAC em Divinópolis era um sonho que foi construído a muitas mãos. Com área de oito mil metros quadrados, a unidade recebe homens que são corresponsáveis pela própria recuperação. Durante o dia todos trabalham, estudam e se profissionalizam.

— O nosso objetivo é promover a humanização das prisões, sem deixar de lado a finalidade punitiva da pena. Aqui, oferecemos alternativas para o condenado se recuperar, com mais dignidade. Além disso, manter um recuperando na APAC custa mais barato para o Estado e o custo não ultrapassa mil reais por mês. Enquanto no regime tradicional, o valor chega a R$ 3 mil mensais — revela o presidente da Apac Divinópolis, Francisco Martins.

 

Escola

 

A APAC oferece a oportunidade para que todos os internos estudem e se capacitem. De acordo com o professor Daniel Ribeiro, que dá aulas de História, Ciências, Biologia e Filosofia, os alunos estão empolgados.

— Eu sinto que eles estão interessados, querem aprender e buscam esta segunda chance na educação — disse.

Deyves Gomes foi condenado há 20 anos de prisão e ficou cinco anos e cinco meses no sistema comum. Depois, passou nove meses na APAC em Itaúna e desde fevereiro está na APAC de Divinópolis.

— Eu fiz faculdade de Administração e, após ser preso, continuei me capacitando. Participei de diversos cursos profissionalizantes e tenho a oportunidade de recomeçar, de escrever uma nova história — conta.

 

Oficina

 

Segundo a FBAC – Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados, o sistema prisional humanizado da APAC tem taxa de recuperação de 85%, já no sistema comum, o índice de recuperação não chega aos 25%. No método APAC, os recuperandos ainda são estimulados a aprender atividades diversas. A oficina de arremate ganhou a dedicação do Wesley Henrique.

— Estou aprendendo muito aqui dentro. Quando eu sair, estarei recuperado na sociedade — finaliza.

 

 

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