Foto : Reprodução de Redes Sociais
Fonte : Rádio Itatiaia /Por Rômulo Ávila
A biomédica Lorena Marcondes foi indiciada Polícia Civil por homicídio com dolo eventual em razão da morte de Íris Martins, de 46 anos, em 8 de maio deste ano, em Divinópolis, Centro-Oeste de Minas. Os detalhes da investigação foram apresentados durante coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (24).
As investigações apontaram várias irregularidades, incluído o uso de um preenchedor indicado para pacientes com HIV.
— Trabalho complexo. Conseguimos trazer as provas técnicas, testemunhais. Não acaba. Outras vítimas estão sendo apuradas de forma paralela. O que estava acontecendo ali era um absurdo. Não posso nem falar que aquilo era um consultório. Não sei chamar o que é aquilo, mas estava longe de ser consultório. Juridicamente, a pessoa que age desse modo, no mínimo, assumiu o risco de produzir o resultado. Não temos dúvidas de que ela deve responder por homicídio doloso — disse o delegado o responsável pela investigação, Marcelo Nunes.
Nunes destacou ainda que a investigação encontrou duas qualificadoras: motivo torpe e traição.
— Ao contrário do que ela falava, que preocupava com as pacientes, ela só visava o lucro. As planilhas que nós temos não têm nenhum dado científico médico do paciente. Só questões financeiras. Ou seja, ela só visava lucro — disse.
— Ela enganava os pacientes dizendo que o ‘procedimento não é invasivo’. ‘Não é uma cirurgia’. Mas só no corpo da Isis foram 12 incisões profundas. Se isso não é invasivo, o que é então? Tem que abrir as pessoas de fora a fora para considerar (invasivo)? — reforçou o delegado, que destacou o fato de a biomédica aquirir confiança das pacientes por meio das redes sociais.
HIV
Paula Lamounier destacou ainda que foram encontrados em um carro usado pela clínica, e retirado do local por uma funcionária no dia do óbito, caixas fechadas de fármacos que deveriam ser administrados apenas em ambiente hospitalar e ambulatorial.