Autismo: palestras gratuitas serão promovidas em escolas, creches e igrejas

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Foto: Ana Fernanda Galvão em atendimento de criança autista

Acervo pessoal

 

Equipe multidisciplinar vai orientar sobre diagnóstico precoce e terapias para desenvolvimento

 

Da Redação

 

O Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo é marcado em dois de abril. Uma data para conscientizar a todos sobre a importância do diagnóstico precoce e chamar a atenção da população contra o preconceito. A Terapeuta Ocupacional, especializada em autismo, Ana Fernanda Galvão, desenvolveu a palestra “Como identificar sinais e sintomas do Transtorno do Espectro Autista – TEA”, que visa a intervenção e detecção precoce de atrasos no desenvolvimento, fala, socialização e outros sinais do autismo. Com um minicurso técnico é possível capacitar os profissionais diversos que lidam com crianças a identificar precocemente o TEA e, a partir daí, habilitar ou reabilitar e facilitar a inclusão escolar e social da criança autista.

— O mês de abril marca as ações mundiais de conscientização sobre o autismo e é na escola que muitos avanços cognitivos, sociais e morais começam a ser desenvolvidos. Por esse motivo, desenvolvi a palestra/curso que é extremamente técnico e ajuda o corpo docente, na prática, a identificar sinais que, tratados precocemente, trarão qualidade de vida para o autista, família e todos os que convivem com o transtorno — revelou a terapeuta ocupacional ao revelar que seu intuito é difundir conhecimento e minimizar preconceitos, visto que esse é um dos um dos maiores desafios enfrentados pelas pessoas com o transtorno. É na sala de aula todas as crianças têm a oportunidade de melhorar o convívio, criar laços afetivos, trabalhar a responsabilidade e disciplina. Na escola também elas têm a chance de desenvolver algo essencial: a inclusão.

A terapeuta ocupacional também faz um alerta para pais e responsáveis: muito se fala da criança autista, mas é preciso avaliar que as crianças crescem, se tornam adolescentes e adultos com TEA.

— Precisamos analisar que muitas crianças não foram diagnosticadas na primeira infância por diversos motivos e, hoje, podem ser jovens e adultos com dificuldades diárias e sem diagnóstico fechado. Por isso, é necessário difundir, cada vez mais, o conhecimento de forma maciça e urgente — disse.

A palestra será ministrada em escolas, catequeses e locais com grande concentração de crianças em fase de aprendizados diversos. Os profissionais que tiverem interesse em levar a palestra para formação de professores de suas escolas – de ensino regular, de esportes, de línguas ou outras – , creches, igrejas devem solicitar a palestra gratuitamente por meio do telefone 3025-5921 – Oficina do Brincar.

 

Autismo e suas características

O TEA, Transtorno do Espectro Autista é mais comum em crianças do sexo masculino e estudos revelam que ele pode se manifestar principalmente em três situações: algum evento durante a gestação, no parto ou no pós-parto, meningite, traumatismo craniano e prematuridade também são causas prováveis. Quando o pai e a mãe têm característica do espectro autista, a criança pode também ter o transtorno. A Organização Mundial da Saúde sugere a existência de dois milhões de autistas no Brasil, mas acredita-se que o número seja o dobro. No ano passado, foi a primeira vez que o Censo do IBGE iniciou a pesquisa para quantificar as pessoas com autismo no país.
Em Divinópolis, a rede municipal de ensino tem 14 mil alunos, sendo que mais 600 deles têm Transtorno do Espectro Autista. O atendimento às crianças com autismo deve ser personalizado.

 

Experiência

 

Ana Fernanda Galvão é Terapeuta Ocupacional, Psicopedagoga, tem formação em Neuro-Ortopedia da Infância e Adolescência, Mestre em Ciências da Reabilitação e Professora Universitária nas disciplinas de Psicologia e Fisioterapia. Diretora e Fundadora da Oficina do Brincar – Núcleo de Estimulação do Desenvolvimento Infantil. Ana Fernanda é mãe de três princesas e vovó de um príncipe.

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