Da Redação

 

Começou na tarde desta quarta-feira (10), no Fórum de Divinópolis, a audiência de instrução, interrogatório, debates e julgamento dos vereadores afastados Eduardo Print Júnior (PSDB) e Rodrigo Kaboja (PSD).

Os dois são réus por corrupção ativa após as investigações realizadas na Operação Gola Alva. Os vereadores são acusados de receberem propina para aprovação de projetos de lei de zoneamento no município. O empresário Celso Renato Alves de Vasconcelos Lima Júnior, que seria um dos empresários beneficiados pelo esquema também será julgado. Os outros sete empresários firmaram um acordo de não persecução penal com o Ministério Público.

O juiz Mauro Riuji Yamane rejeitou um pedido da defesa do empresário para que a audiência fosse realizada após as eleições, sob alegação de que o resultado poderá interferir no pleito de outubro. O Poder Judiciário também negou um pedido de não-persecução penal de Kaboja.

Caso Kaboja e Print Júnior sejam absolvidos, eles podem retornar imediatamente aos seus trabalhos na Câmara. Como ambos estão filiados, eles poderia inclusive, se candidatar nas eleições deste ano.

No entanto, caso sejam condenados, os vereadores terão os mandatos cassados, perda de direitos políticos por oito anos, multa e até prisão, com pena de 2 a 12 anos. A decisão cabe recurso em instâncias superiores, como o Supremo Tribunal Federal (STF).

A Operação Gola Alva foi realizada em maio de 2023 pelo Ministério Público e mirava um esquema de propinas para aprovação de projetos de lei de zoneamento urbano em Divinópolis. De imediato, Kaboja foi afastado da Câmara. Print Júnior, que era presidente da Câmara, deixou a mesa diretora e foi afastado em definitivo em outubro.

Em fevereiro deste ano, a Comissão Processante, composta pelos vereadores Edsom Sousa (PSD), Ney Burguer (Novo) e Zé Braz (PL) realizaram oitivas com as partes envolvidas. No mês seguinte houve a votação do relatório final da comissão, que decidia pela cassação dos vereadores. No entanto, na votação, os dois foram absolvidos.

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