Objetivo é pedir a investigação de postagens racistas e nazistas durante Conferência on-line
Da Redação
A ativista Laiz Soares, através do escritório de advocacia Vilela, Miranda e Aguiar Fernandes, protocolou hoje (11/02) um requerimento junto ao Ministério Público (MP) solicitando a instauração de inquérito policial para apuração do caso que envolveu a disseminação de mensagens nazistas, racistas e pornográficas durante a 1ª Conferência Municipal de Promoção da Igualdade Racial de Divinópolis, promovida pela Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial na última quinta-feira (10/02).
Realizada de forma on-line, a Conferência reunia cerca de 100 pessoas. O objetivo neste dia era debater o tema “Enfrentamento ao racismo e às outras formas correlatas de discriminação étnico-racial e de intolerância religiosa: política de Estado e responsabilidade de todos nós”. No entanto, pouco depois do início da reunião, postagens com bandeiras nazistas começaram a aparecer. O perfil, ainda não identificado, postou mensagens racistas e pornográficas durante o evento on-line.
A gravidade no conteúdo das mensagens, que iam totalmente contra os objetivos e valores da Conferência e de seus idealizadores, fez com que vários órgãos e entidades se manifestassem com notas de repúdio. O caso ganhou notoriedade na imprensa e indignada pela agressividade das postagens, Laiz teve a iniciativa de buscar as autoridades competentes para que este não seja um crime que ficará impune.
— Qualquer apologia ao nazismo é inadmissível. É crime e deve ser combatido. Minas tem uma história importante de defesa da democracia e pela vida e vamos manter essa tradição — diz.
O requerimento protocolado visa cobrar das autoridades uma atitude firme em relação ao ocorrido. O Documento, entre tantos argumentos, reforça que “Com os IPs, será possível representar à autoridade judicial para que, com fulcro no art. 10, §1º, Lei nº 12.965/2014, os provedores de internet informem os dados de identificação atrelados aos números de IPs obtidos e, espera-se, identifiquem-se aqueles que empregaram símbolos nazistas e divulgaram material pornográfico na reunião tratada”. O caso continuará sendo acompanhado, tanto por Laiz, quanto pelos advogados que realizaram o protocolo.