Assassinato de Clara Maria foi premeditado, e PCMG suspeita de necrofilia; saiba detalhes

Foto : Vitor Fórneas/Arquivo pessoal

 

Da Redação

 

O assassinato de Clara Maria, jovem de 21 anos encontrada morta nessa quarta-feira (12 de março) no bairro Ouro Preto, na região da Pampulha, em Belo Horizonte, foi premeditado. A informação foi passada em coletiva de imprensa da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) nesta quinta-feira (13 de março). Conforme o delegado Alexandre Oliveira da Fonseca, a instituição trabalha com a hipótese de que uma das motivações do assassinato tenha sido o desejo de um dos suspeitos de praticar necrofilia, ou seja, ter relações sexuais com um cadáver. Dois homens foram presos pelo crime – um deles era ex-colega de trabalho da vítima em uma padaria. O outro era um conhecido de ambos.

Fonseca afirmou que um dos suspeitos já havia demonstrado ter propensão para a prática de necrofilia. Além dessa motivação, outras situações teriam contribuído para o cometimento de crime. Um dos suspeitos seria simpatizante do nazismo e teria sido criticado em público por Clara, o que o teria feito ‘ficar com ódio’ dela. Além disso, ele teria tentado ter um relacionamento com a jovem, sem sucesso. O homem, ao vê-la com o namorado, teria ficado enciumado e decidido matar a vítima. Apesar de estar devendo R$ 400 à vítima, esse não teria sido o motivo principal para o assassinato, mas uma forma de atrai-la até a dupla.

— A Clara já tinha dado a dívida como perdida, apesar de o dinheiro que ela ganhava ajudar a pagar o aluguel. Ela disse que não queria mais contato com ele — explica Fonseca.

No entanto, no dia do crime, no último domingo (9 de março), sem que a vítima solicitasse, o suspeito teria falado que a pagaria. Eles combinaram de se encontrar em um local público, porém o homem a convenceu a ir até a casa dele com a desculpa de que o dinheiro estava na residência. Clara, então, aceitou ir até o imóvel, onde o outro suspeito também estava.

No local, logo nos primeiros minutos, o suspeito deu um golpe de mata-leão na vítima, que morreu estrangulada. O corpo teria ficado nu durante toda a madrugada de domingo até a noite de segunda, quando os suspeitos o enterraram no imóvel e concretaram. Exames estão sendo realizados para comprovar ou não se, durante esse tempo, os atos de necrofilia foram cometidos. Um dos suspeitos teria dito algo que chamou a atenção dos policiais nesse sentido: “Não tirei fotos e nem toquei o corpo dela”. Ele não havia sido perguntado sobre o assunto, o que levantou suspeitas de que, de fato, ele teria feito o que negou.

Aos policiais, os suspeitos deram outra versão do crime. De acordo com eles, a intenção era roubar Clara e acessar as contas do banco dela pelo celular. Porém, as investigações apontam que a versão é contraditória, uma vez que a vítima foi morta assim que entrou na residência e, para que cometessem os roubos pelo celular, precisariam dela viva para informar senhas.

 

Fonte : Jornal O Tempo

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