Da Redação

Gabrielly Ribeiro Corrêa Santos e Emanuelly Ribeiro Corrêa Santos nasceram com apenas seis semanas de gestão. Desde que completaram quatro meses, elas recebem atendimento no Instituto Helena Antipoff (IHA). Agora, quase dois anos depois, Gabrielly recebeu alta dos setores de fisioterapia e terapia ocupacional. Emanuelly segue recebendo atendimento na instituição e apresenta evolução similar.Nascimento prematuroDaniella Mara dos Santos e Renato Ribeiro Corrêa descobriram a gravidez no começo de 2019. Ao fazer o primeiro ultrassom, a surpresa: eram gêmeas. O início da gestação ocorreu de forma tranquila até que, em agosto, antes de completar 28 semanas (seis meses) ela começou a sentir fortes dores.  Era o nascimento das gêmeas, caso que, pelo período, é considerado prematuridade extrema.Após passar a tarde no hospital, a equipe médica identificou que uma delas estava com princípio de sofrimento fetal, caracterizado pela falta de oxigênio. Foi preciso, então, fazer o parto para evitar o agravamento do quadro.As recém-nascidas Emanuelly Ribeiro Corrêa Santos e Gabrielly Ribeiro Corrêa Santos passaram 2 meses e 15 dias internadas no Centro de Terapia Intensiva (CTI), entre intubação, infecção e antibióticos. Os pais acompanhavam de perto à espera dos boletins médicos atualizados.— Tinha dia que estava bem e tinha dia que era só tristeza — conta Daniella.Era 17 de outubro quando a família deixou o hospital — que até hoje não precisaram voltar. Os pais receberam a orientação para procurar uma instituição qualificada e especializada para o tratamento de prematuros, para dar início ao desenvolvimento adequado das filhas.Após se inscrever e aguardar na fila de espera, em fevereiro de 2020, Emanuelly e Gabrielly participaram da primeira consulta no Helena Antipoff, com o neurologista Paulo Hurtado. Desde então, elas também passaram a receber atendimentos no setor de fisioterapia, terapia ocupacional, além do acompanhamento médico ortopédico e pediátrico.— Quando mais cedo começar o tratamento, maiores as chances de não ter sequelas — afirma a fisioterapeuta do IHA, Fabiana Vasconcelos.AltaNeste fim de novembro, Gabrielly, hoje com dois anos e três meses, teve alta da terapia ocupacional e da fisioterapia. Emanuelly, apesar do desenvolvimento, precisará de um pouco mais de tempo.— Nossa equipe considera um trabalho praticamente concretizado. A Gabrielly teve alta e a Emanuelly precisa apenas de um pouco mais de tempo e alguns cuidados para aperfeiçoar, mas ambas já andam e correm, por exemplo — explicou a fisioterapeuta Fabiana.A evolução no desenvolvimento mostra ambas aptas a executar diversas tarefas do dia-a-dia.— Na parte motora, elas estão prontas para subir, descer, pular — detalha, explicando que o setor desenvolve atividades específicas e com graus de exigências diferentes para cada caso.ParticipaçãoA fisioterapeuta explica que o caso era delicado, pois a prematuridade e a geminialidade são dois fatores de risco. Ambas as meninas também apresentaram alteração de tônus, “com as perninhas chegando a andarem na ponta dos pés”, explicou a profissional.Além dos atendimentos clínicos e médicos, Fabiana cita a importância da participação dos pais.— Os pais sempre foram muito presentes, com excelente frequência nos atendimentos e confiram na instituição. A parceria dos pais com a equipe foi fundamental para que se alcançasse o sucesso do trabalho — destacou.Assim, Daniella e Renato receberam orientações, além de esclarecimentos sobre dúvidas com os profissionais. Como mãe, ela agradeceu o suporte recebido no IHA.— O trabalho é sensacional. Elas se desenvolveram e de forma rápida. Eu imaginava que precisaria de muito mais tempo, mais médicos, até ver a evolução. Meu marido, que está viajando, também pediu para agradecer toda a equipe, e que este trabalho abençoado continue — agradeceu.ApoioFabiana destaca, ainda, o apoio da diretoria do Instituto, representado pelo presidente Juliano Vilela, em oferecer o suporte necessário à equipe.— Quando a gente encontra apoio na diretoria, escutando nossas ideias e apoiando a equipe, tudo transcorre de forma mais fácil — agradece, citando a otimização do processo.O presidente agradeceu o elogio.— Esse é o nosso trabalho: fazer com que o setor clínico, médico e terapêutico tenha as melhores condições para oferecer um tratamento de qualidade. E, claro, ficamos muito felizes com a notícia da pequena Emanuelly. Temos orgulho de contar com a Daniella não apenas como uma usuária de nossos serviços, mas também como a excelente profissional que é — destacou.Daniella trabalha como auxiliar administrativa no Instituto desde janeiro de 2007.SetorO setor de fisioterapia concede, em média, de 8 a 10 altas por ano, número relativo ao período pandêmico. Ao todo, em 2021, já são quase 4 mil atendimentos no setor, tanto no período da manhã quanto da tarde. Fabiana explica que o setor de fisioterapia tende a ser mais rotativo, pois o estímulo e a resposta ocorrem de forma mais imediata do que em outros setores.As funções do setor envolvem, por exemplo, ajudar crianças e adultos a desenvolverem suas atividades motoras, como correr, pular e aprimorar a coordenação.— Tem casos em que as crianças chegam com dificuldade de se equilibrar e caem muito. Outros esbarram muito em obstáculos e objetos dispostos nos ambientes — cita,O setor também ajuda os assistidos e as famílias a lidarem com a deficiência física de forma saudável, evitar atrofias, incentivar o alongamento, promover uma postura correta para dormir e desenvolver outras habilidades.— Preparar para vida lá fora. Ensinar a conviver com a dificuldade — resume a fisioterapeuta.

(Foto: Divulgação/IHA)

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