Da Redação
Os números da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) confirmam uma situação preocupante. Ainda no início deste mês de abril registrou-se recorde de mortes por covid-19 para pessoas sem comorbidades, em Divinópolis. A maioria das mortes é de homens, de acordo com os dados da vigilância até 14 de abril.
Desde o início da pandemia foram registrados no município 31 óbitos de pessoas que não possuíam comorbidades. Neste mês, 14 pessoas já faleceram com a doença, sem apresentar fatores de risco. Dentre os óbitos, dois homens de 41 anos. Um deles ficou internado apenas um dia e não suportou a doença. Outro homem de 50 anos sem comorbidades lutou durante 14 dias, no entanto, também não suportou.
Em março, cinco pessoas morreram pela Covid-19 sem apresentar algum tipo de doença preexistente. Em fevereiro foram três e, em janeiro, quatro.
A diretora da Vigilância Epidemiológica, Erika Camargos, destacou o perfil das mudanças de morte durante a pandemia:
— Estamos observando um aumento de mortes de jovens sem apresentar nenhuma doença preexistente. A prevenção continua sendo o principal caminho para evitar a doença. Estar saudável e não apresentar doenças não significa ficar livre da doença — afirmou.
Durante todo o ano passado, apenas cinco pessoas morreram sem apresentar alguma comorbidades, de acordo com os dados da Semusa. Em 2020, junho foi o mês com o maior número de óbitos sem agravantes: duas. A primeira morte sem doença preexistente foi em 8 de abril, uma mulher de 46 anos. Em dezembro do ano passado uma mulher de 50 anos morreu sem ficar internada em nenhuma unidade de saúde.
Das 31 mortes sem doenças preexistentes durante a pandemia em Divinópolis, 20 foram homens e 11 mulheres. Foram 13 mortes com idades inferiores a 60 anos.