Cesta Básica tem alta de 4,18% em Divinópolis e compromete quase metade do salário mínimo
Da Redação
O custo médio da cesta básica de alimentos em Divinópolis, no mês de novembro de 2024, foi de R$ 628,17. O aumento foi de 4,18% com relação a outubro, quando o custo era de R$ 602,98. No comparativo dos valores da cesta entre novembro de 2023 e novembro de 2024, a alta foi de 12,9%. No comparativo de 12 meses, entre dezembro de 2023 e novembro de 2024, o custo da cesta básica subiu 5,8%. Os dados são da pesquisa realizada pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômico-sociais (NEPES), da Faculdade Una Divinópolis, integrante do Ecossistema Ânima.
Em novembro, a pesquisa mostrou o aumento no preço da batata (15,95%). “A colheita do tubérculo foi interrompida por alguns dias do mês, devido à chuva, o que reduziu a oferta, mas mesmo retomada e com maior quantidade de batata para venda, o preço médio aumentou no varejo” explicou o coordenador do NEPES, professor Wagner Almeida. Outras altas observadas foram no preço do tomate (11,56%), devido à baixa oferta, e do óleo de soja (8,92%). O crescimento do volume exportado do óleo bruto e a oferta interna menor pressionaram o valor do óleo no varejo.
O preço médio do quilo da carne bovina de primeira subiu 6,55% em relação a outubro. Mesmo com a volta das chuvas e a melhora dos pastos, condições para engorda do gado, a oferta de boi para abate ainda não foi normalizada, e, além disso, há alta demanda interna e externa por carne, fatores que têm contribuído para os aumentos (Dieese, 2024). Por outro lado, houve queda no preço do pão francês (-5,61%) e da banana (-4,77%).
A pesquisa foi realizada entre os dias 25 e 29 de novembro de 2024, com levantamento de preços em sete supermercados de Divinópolis, os quais possuem em sua estrutura açougue, padaria e hortifruti. A chamada Cesta Básica de Alimentos, composta por 13 produtos alimentícios, seria suficiente para o sustento e bem-estar de um trabalhador em idade adulta, durante um mês, contendo quantidades balanceadas de todos os nutrientes necessários à manutenção da saúde.
Em novembro de 2024, o trabalhador que recebe salário mínimo comprometeu em média 48,1% do seu rendimento líquido, isto é, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, para adquirir os produtos da cesta básica. O índice representa uma piora em relação ao mês anterior, onde 46,2% da renda foi utilizada.