Da Redação
O Complexo de Saúde São João de Deus (CSSJD) divulgou nota detalhando sobre a fraude bancária sofrida pela instituição em um golpe, praticado por uma quadrilha que foi alvo da Operação Endrômina, realizada pela Polícia Federal nesta quarta-feira (20). Segundo a instituição, o fato ocorreu no dia 18 de março de 2023, quando foi lavrado um boletim de ocorrência sobre o ocorrido.
O hospital informou que o golpe foi aplicado em instituições financeiras que atendem a instituição, devido ao não cumprir os protocolos de segurança exigidos pelo banco para a movimentação de quantias financeiras das contas vinculadas ao hospital, o que requer assinaturas concomitantes de dois diretores do Complexo de Saúde e somente computadores cadastrados, liberados e autorizados pelo banco poderiam fazer as transações.
O golpe foi realizado por uma ligação telefônica para a agência bancária, quando o criminoso se passou pela então Diretora Presidente da instituição. Um dos assistentes do banco, que nunca havia tido qualquer contato com a diretora, atendeu a ligação e liberou a ação, sem observar os protocolos de segurança, ocorrendo assim o golpe à instituição bancária.
A fraude foi descoberta pela agência, que se reuniu emergencialmente com os diretores do Complexo de Saúde e comunicaram sobre o golpe, que subtraiu cerca de R$ 140 mil de seis contas do hospital.
Os valores foram debitados das contas no dia 18 março e foram restituídos pelo próprio banco no dia 25 de março. A própria instituição financeira denunciou o golpe à Polícia Federal, que deflagrou uma operação no dia 10 de outubro de 2023, para desarticular a quadrilha que praticava as fraudes eletrônicas.
A operação internacional faz parte do Projeto Tentáculos, que tem como um dos principais pilares um Acordo de Cooperação Técnica entre a Polícia Federal e instituições bancárias para o combate às fraudes bancárias eletrônicas.
O Complexo de Saúde São João de Deus destacou que possui mais de 100 contas para trabalhar, com contas de valores públicos vinculados, apenas as seis contas foram afetadas, todas pelo não cumprimento do processo de segurança do banco, que não exigiu as assinaturas obrigatórias dos diretores à época.